quinta-feira, 27 de julho de 2017

ENSAIO: Caridade: a virtude das virtudes

Por Vanderlan da Silva
  
                                Já diz São Tiago em suas cartas, que "o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé" (Tg 2, 23). Todo bom católico, conhecedor de sua Tradição, Magistério e Doutrina, bem sabe que das três virtudes teologais, a maior é a caridade, pois bem nos diz São Paulo em sua Epístola aos Coríntios, "Por ora a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém a maior delas é a caridade" (1Cor 13, 13). O prologo justifica-se num grande eixo: a caridade é parte constitutiva para edificação espiritual de qualquer cristão. Dirá Cristopher Dawson: 
A teologia deve ser soberana em sua casa. É um campo de estrutura autônomo que não pode ser reduzido ao departamento de ética social, da mesma forma que a Igreja não pode ser reduzida a uma instituição filantrópica. (DAWSON, 2014). 
                              Portanto cabe a nós, católicos, a plena compreensão que a Igreja age de forma caridosa, ou seja, não como uma Instituição Ativista ou uma ONG que age de forma "filantrópica", com seus santos, em destaque Pedro (Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho, isso te dou) e Santa Teresa de Calcutá, as ações católicas em prol ao seu semelhante, em prol a Igreja que Sofre (grande instituição Católica), não é meramente uma ajuda física, mas uma ajuda espiritual dotada de muito amor, bem nos diz Santo Agostinho de Hipona, nas explicações sobre Amor, a lembrança de sua origem no latim, Caritas, a qual brota a mesma fonte da caridade, portanto, o amor ao seu semelhante leva a Igreja a uma obra muito além de "obra de caridade", mas uma "obra de amor", a qual enxerga Cristo no seu semelhante que sofre e necessita de ajuda e amparo. 
                              Torna-se então válida a reflexão do artigo 893 do Catecismo de São Pio X, que nos diz: "A Caridade é uma virtude sobrenatural, infundida por Deus em nossa alma, pela qual amamos Deus por Si sobre todas as coisas, e amamos ao próximo como a nós mesmos". Esse é a finalidade da caridade, um amor supremo a Deus e a nosso semelhante, como prova de servidão ao nosso Criador.  
                           Existe, no entanto, três ações que nos impedem de praticar a Caridade, o Demônio que nos induz ao pecado, o mundo que nos leva as distrações, e a nossa carne impregnada de pecado. O ato de caridade nos liberta de nossos egoísmo pessoais, dotando-nos de virtudes. Assim podemos analisar que com toda essa edificação espiritual, não há razão de vivermos a caridade sem espiritualidade. A Teologia, como estudo sistemático de Deus nos leva a boa prática da caridade, pois nos aproxima do nosso Criador.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Artigo: A Destruição é filha da Desunião

Por Vanderlan da Silva

Retornando ao meu blog após um longo período afastado dessa rotina tão maravilhosa, trago um tema sob o reflexo que pende os mundos teóricos e práticos.  
Seria a Destruição uma filha muito grata da Desunião? Posso responder que sim. Todos os projetos, todos os sonhos, todo trabalho se tornam poeira por um simples ato insensato de "desunir" tudo o que podia ser belo e eterno. Afinal o que pensa uma pessoa que desune tudo pode fruticar? Podemos listar a satisfação pessoal, o mérito, a vanglória e o status social, falando numa linguagem mais popular, este ser humano só pensa em si. 
Não existe desunião onde o intento principal é o bem comum, seres humanos que desunem são fantoches de um fracassado amor próprio. São pessoas que jamais criarão pontes, pois o intento principal é a divisão. Tudo o que se divide com amor próprio, é uma imbecíl vaidade capaz de destruir até mesmo uma história. 
A pessoa que gera no seu âmago um sentimento de desunir universos, desunir histórias, fazem o cruel papel de um revolucionário pronto a elevar a pó tudo o que um dia foi lindo e podia ser eterno. Pessoas que desunem estão se lixando para o futuro de qualquer coisa!