Mais uma data do aniversário da
Cidade Fernandópolis... Mais uma data onde fatos de suma importância irão
passar despercebidos, invisíveis a qualquer olhar com pouquíssima sensibilidade
ao que realmente é história.
Preciso
ressaltar a importância do Distrito de Brasitânia: o tempo pode até ter
passado, mas fatos notórios como a pecuária e a agronomia continuam a fazer do
Distrito um potencial econômico, que infelizmente é ignorado. Lógico que na
formação do distrito e essencialmente entre as décadas de 70 a 90, Brasitânia
se destacou com potencial de produção de café, algodão, melancia, milho, arroz,
feijão e amendoim, além do destaque: a pecuária. Atualmente Brasitânia ainda
tem um forte agronômico, mas hoje voltado apenas aos seringais e a
cana-de-açúcar – ressaltando que a pecuária ainda é um forte no Distrito.
Mas
mesmo tendo toda essa relevância – Brasitânia é esnobada e muitas vezes
esquecida. Em Fernandópolis pouco se sabe e pouco se valoriza os produtores
rurais da nossa vila. Pouco se comenta da influência da Família Fontes no
processo político, cultural e social na caracterização do distrito, pouco se
lembra de moradores como Zenilda Vianna que foi a pioneira dos bailes e
coroações de princesas e rainhas no local, pouco se fala da Família Alcará,
pouco se lembra da Família Andrade e Pernambuco, pouco se lembra da importância
da família Borin, pouco se comenta sobre a Família Marcondes, tendo em suma o
Senhor Rubens Marcondes, pouco se comenta sobre a Família Franca,
essencialmente o saudoso Arlindo França que é um ícone no comércio do Distrito,
pouco se lembra da Família André e tantos outros que tristemente me falha a
memória.
Esse
ano gostaria de parabenizar o Vereador Valdir Pinheiro, pois mesmo sendo um
representante da Comarca de Fernandópolis fez valer a credibilidade que parte
dos moradores de Brasitânia depositou em sua personalidade garantindo-lhe o
voto, e, se recordará de um importante morador da vila Brasitânia – seu homenageado
será Silvino Pereira, atual presidente de Bairro que teve escola com um
importante presidente de Bairro, que foi o saudoso Dionísio Ventura. Mas
condecorar com apenas a medalha 22 de maio ainda é pouco. Uma medalha não irá
resgatar uma linda história que vem se perdendo dia pós dia, ano pós ano.
Muitos
lutam pelo resgate cultural, desde já gostaria de parabenizar a coordenadora do
Programa Escola da Família do distrito, Nadia Gobo que junto a vários
universitários esteve à frente de importantes eventos que resgatou a história
do Distrito. Mas vivemos num país onde pouco se faz e pouco se investe em
cultura, em história de verdade. Muito se quer investir em revolução e assim
assassinam, massacram e sangram da pior forma possível os costumes, as
convenções e toda continuidade riquíssima de um povo.
Fernandópolis
precisa voltar a amparar sua filha bastarda.
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