quarta-feira, 4 de maio de 2016

Artigo: 22 de maio – a triste marca do esquecimento

Mais uma data do aniversário da Cidade Fernandópolis... Mais uma data onde fatos de suma importância irão passar despercebidos, invisíveis a qualquer olhar com pouquíssima sensibilidade ao que realmente é história.
            Preciso ressaltar a importância do Distrito de Brasitânia: o tempo pode até ter passado, mas fatos notórios como a pecuária e a agronomia continuam a fazer do Distrito um potencial econômico, que infelizmente é ignorado. Lógico que na formação do distrito e essencialmente entre as décadas de 70 a 90, Brasitânia se destacou com potencial de produção de café, algodão, melancia, milho, arroz, feijão e amendoim, além do destaque: a pecuária. Atualmente Brasitânia ainda tem um forte agronômico, mas hoje voltado apenas aos seringais e a cana-de-açúcar – ressaltando que a pecuária ainda é um forte no Distrito.
            Mas mesmo tendo toda essa relevância – Brasitânia é esnobada e muitas vezes esquecida. Em Fernandópolis pouco se sabe e pouco se valoriza os produtores rurais da nossa vila. Pouco se comenta da influência da Família Fontes no processo político, cultural e social na caracterização do distrito, pouco se lembra de moradores como Zenilda Vianna que foi a pioneira dos bailes e coroações de princesas e rainhas no local, pouco se fala da Família Alcará, pouco se lembra da Família Andrade e Pernambuco, pouco se lembra da importância da família Borin, pouco se comenta sobre a Família Marcondes, tendo em suma o Senhor Rubens Marcondes, pouco se comenta sobre a Família Franca, essencialmente o saudoso Arlindo França que é um ícone no comércio do Distrito, pouco se lembra da Família André e tantos outros que tristemente me falha a memória.
            Esse ano gostaria de parabenizar o Vereador Valdir Pinheiro, pois mesmo sendo um representante da Comarca de Fernandópolis fez valer a credibilidade que parte dos moradores de Brasitânia depositou em sua personalidade garantindo-lhe o voto, e, se recordará de um importante morador da vila Brasitânia – seu homenageado será Silvino Pereira, atual presidente de Bairro que teve escola com um importante presidente de Bairro, que foi o saudoso Dionísio Ventura. Mas condecorar com apenas a medalha 22 de maio ainda é pouco. Uma medalha não irá resgatar uma linda história que vem se perdendo dia pós dia, ano pós ano.
            Muitos lutam pelo resgate cultural, desde já gostaria de parabenizar a coordenadora do Programa Escola da Família do distrito, Nadia Gobo que junto a vários universitários esteve à frente de importantes eventos que resgatou a história do Distrito. Mas vivemos num país onde pouco se faz e pouco se investe em cultura, em história de verdade. Muito se quer investir em revolução e assim assassinam, massacram e sangram da pior forma possível os costumes, as convenções e toda continuidade riquíssima de um povo.

            Fernandópolis precisa voltar a amparar sua filha bastarda.

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