segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Crônica: O Natal na Fraternidade (Assunto: Cotidiano)

Sentado frente ao computador... Estava a busca de algo que me inspira-se a escrever uma crônica, foi então que lembrei da vida, sim, a vida! A vida com os seus jeitos felizes e tristes, com seus altos e baixos, com seus sorrisos e suas lágrimas, a vida na pureza da luta, na riqueza do aprender e na arte, a bela arte que só quem vive aprende o que realmente é viver! Lembrei de padrões que tornam crônicas em textos autênticos e originais e nada melhor que o cotidiano, que as pessoas exercitando o seu ato vital, brigando para sobreviver, e, vencendo seus próprios dragões... É então que minha mente desenha esse natal, esse natal que muitas vezes é preciso a fé para encontrar o seu real sentido, esse natal que muitas vezes quem não tem sabe o seu real sentido, assim dois quadros fizeram molduras de frente ao meu olhar: o quadro da vaidade e o quadro fraterno.
Duas famílias: uma altamente rica, tendo em seus pratos, em suas decorações tudo do bom e do melhor e de outro uma família completamente pobre, perambulando a rua durante o dia para com o material reciclável conseguir arrecadar apenas o dinheiro de um pão seco para comer! Enquanto no berço da riqueza a obesidade fazia alguns pensarem em regimes para manter uma boa forma física, no seio dos pobres os corpos magros mostravam e escancaravam como o sobreviver é difícil, mas lindo para alguns... Sim, lindo! Era uma família composta por um pai, uma mãe e um filho, o filho com roupas velhas indo a uma escola pública na luta sofrida por um futuro melhor, mas essa, essa era uma família feliz, sabiam dar valor ao pouco, e, sabia sorrir verdadeiramente para o amor, não havia malícias e sim um gesto concreto de carinho!
E a cena que marca é o natal, um natal cercado de fraternidade! A família de requinte e alta ascensão burguesa colocava o peru sobre a mesa que ilustrava uma ceia onde o valor era o ter, o poder, a ganância, a gula, a vaidade e a soberba, todos estavam preocupados com o soar da meia noite para rasgarem os presentes e verem quem ganhou o mais bonito... Enquanto isso a família pobre que não tinha sequer o dinheiro para comprar os santos do presépio, tinha uma Nossa Senhora Aparecida já envelhecida, pelo tempo que sua família a conservava... O outro detalhe era uma velha gastada, mas com singelo carinho e amor... E era lá que o gesto concreto se concretizava, uma santa num lugar reservado, uma vela acesa e a família rezando na noite de natal vendo que o grande valor é fé no ser divino que veio para mudar a humanidade.

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